segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

VIDA A DOIS



Se não fosse assim homem e mulher não seriam o completo complexo que é o casal...

VIDA A DOIS “ O Casamento”.

Como princípio básico, criado por Deus para a convivência salutar entre os seres vivos, o amor é a maior dádiva que o homem (obteve) recebeu desde a sua criação.
No amor se constrói a vida. A palavra como meio de expressão, apresenta-se como principal veículo pelo qual podemos emitir ideias e sentimentos. Existe uma fórmula para que isto se efectiva? Não e sim; porquanto ninguém se esforça a amar, mas a verdade é que o desamor com amor ganha fôlego, isto é verdade. Portanto, quando amamos alguém incondicionalmente, suscitamos neste ser “ pessoa” o despertar de um sentimento semelhante.
O amor, não é se não a partilha de tudo; seja amar é dar tudo sem exigir nada “em troca” porque o amor não exige mas espera reciprocidade, paciente e consciente pois que se esperarmos retorno como obrigação receberemos nada mais que desilusão.
A vida enquanto dom e dádiva somente se completa no amor. Ninguém vive só, isso é um dado adquirido e por muitos de nós constatado. Se assim fosse, Deus deixaria Adão sozinho no paraíso do Éden; de facto ele não estava só. Todos os outros seres viventes estavam com ele, o tinham como superior, contudo, era o único da sua espécie; não tinha par. Este facto levava-o a experimentar a solidão quando os outros reuniam-se a seus semelhantes.
Assim sendo, tendo em conta esta realidade, Deus providenciou o semelhante mais diferente para o homem. A mulher! Em tudo como ele mas diferente (saída de sua costela, não constituía um todo mas uma metade) porque só juntos constituíam o completo complexo que é o casal, o par humano perfeito – a palavra “mulher” é uma expressão única e como todo nome também foi criado pelo homem, quando lhe foi apresentada por Deus - Ambos “fundidos” (permitam o termo) se completam pois sós não cumprem o desígnio da criação.
A vida a dois é um complexo que nasce com cada homem, cada mulher e culmina como instituição. É a direcção para onde a nossa vivência social nos impele. Algo encarado como um dogma; e é verdadeiramente um dogma, puro e sagrado, sacramentado pelo casamento; instituição e pilar constituinte da célula básica da sociedade, a família.
No casamento reside, não só a ideia de partilha que cada homem tem dentro de si, mas também a razão que este mesmo homem enquanto ser humano é na sua essência. Dele nasce a família e a causa da existência de toda controvérsia social que se vive no seio da sociedade. No nosso país é comum a existência de lares monogâmicos onde a figura do pai, coadjuvado por sua esposa, conduz os filhos com todo o cuidado necessário para que estes cresçam sãos e capazes de aguentar a idade adulta onde terão de ser eles a guiar uma nova família!
A minha visão sobre o casamento é hoje, de certa forma, diferente daquela que tinha antes de viver com minha esposa, não tinha nem sabia como seria um lar, sobre tudo, como lidar  com crianças (filhos). Confesso que tinha inclusive medo porque a nossa sociedade não tem sabido aconselhar os novos casais. Digo isso porque o número de famílias separadas tende a aumentar a cada dia que passa. os jovens não têm tolerado as parceiras e as mulheres acham que podem fazer o mesmo que os homens. Dentro desta realidade e nem sempre respeitados ficam os filhos,sem norte e muitas vezes abandonados a sua sorte.
 Os únicos culpados do fracasso dos casamentos são somente os casais. Tudo porque não ensaiaram e não tomaram as devidas precauções para a nova vida que estavam a escolher. A má planificação durante o namoro tem como consequência um casamento fracassado e sem meios de retorno, com ódios e rancores a mistura.
Meu avô, dizia “não adianta namorar se não gostas da moça, porque ela gosta de ti,  ficará  grávida porque te quero. Mulher sabe o que quer mesmo quando criança". Acredito porque aquele velho sabia o que estava a dizer, a mulher sabe que o seu futuro está ligado a um homem que em princípio deve ser o seu amor, com quem vai casar e ter filhos. Já o homem, pensa em namorar e se poder ter todas as meninas da sua idade melhor; ter filho é uma questão de honra e não a direcção traçada pelo destino como fruto de um casamento responsável cujo o objectivo é gerar uma família com base no amor.
          Quando era jovem, isto é miúdo, mantinha dentro de mim um desejo muito grande em um dia poder ter uma esposa, mulher. Naquela altura, embora sem perceber muito bem o que podia implicar, era um desejo natural mas o maior de todos que um homem enquanto homem tem.
Este sentimento, que parece nascer com cada homem, é tão forte que acaba por ser concretizado quando menos esperamos. O desejo sexual é um impulso que carregamos em nós. Nada existe de tão forte e desestabilizador para um homem; capaz de o fazer correr os maiores riscos para satisfazer-lo . é como uma fome insaciável que se não for satisfeita não se cala.

Aqui notamos que a solidão de Adão, diante dos outros seres vivos, residia no facto de não ser completo, de precisar da outra parte, ou metade do todo.
Uma questão urge, porquê que há tantos casais a separar-se? Será que não existiu amor no namoro? Como se conhecerão? Não são amigos? Quanto tempo namoraram?
A única resposta que recebi duma senhora, casada a mais de 20 vinte anos, é que se os homens  não decidirem levar o casamento a sério, não haverá famílias organizadas porque as mulheres dependem dos maridos. Eles são a chave para este problema. Têm de tomar a decisão de conduzir suas famílias com seriedade e responsabilidade. Quanto as raparigas e esposas se não deixarem de imitar acabarão ser lar. Segundo minha entrevistada, o homem custa a tomar decisão mas quando a faz, faz mesmo.
 Assim sendo, o casamento é uma instituição social da qual depende a manutenção da sociedade!

Carmota,2012
  

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